Resumo da Norma 02/JNE/2025 - Ensino Básico
Resumo da Norma 02/JNE/2025 - Ensino Básico
Resumo da Norma 02/JNE/2025 - Ensino Secundário
Resumo da Norma 02/JNE/2025 - Ensino Secundário
Preparação para o futuro
Preparação para o futuro
No dia 2 de junho de 2025 realizou-se, no auditório da Escola Secundária de Ponte da Barca, uma sessão de esclarecimento promovida pelo Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC), dirigida aos alunos do 12.º ano de escolaridade.
A sessão foi dinamizada pela palestrante Dra. Catarina Costa, representante do IPVC, que apresentou a oferta formativa da referida instituição, com destaque para os Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP) e para as Licenciaturas, ambos ministrados nas várias Escolas Superiores do Politécnico. Além disso, foram também prestados esclarecimentos sobre o processo de candidatura ao ensino superior – concurso nacional, concursos especiais, entre outros –, bem como sobre bolsas e apoios disponíveis.
Foram distribuídos dois folhetos informativos aos presentes na sessão, um com a oferta formativa e outro com informação relativa às bolsas e apoios.
Esta sessão foi proporcionada pelo Serviço de Psicologia e Orientação, constituindo uma oportunidade valiosa para os alunos esclarecerem dúvidas e refletirem sobre o seu percurso académico e profissional.
Serviço de Psicologia e Orientação
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 31
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 31
“Camões: Embarca Engenho e Arte” – As lágrimas de Inês
(…) Passada esta tão próspera vitória,
Tornado Afonso à Lusitana Terra,
A se lograr da paz com tanta glória
Quanta soube ganhar na dura guerra,
O caso triste e dino da memória,
Que do sepulcro os homens desenterra,
Aconteceu da mísera e mesquinha
Que despois de ser morta foi Rainha.
(…) Estavas, linda Inês, posta em sossego,
De teus anos colhendo doce fruto,
Naquele engano da alma, ledo e cego,
Que a Fortuna não deixa durar muito,
Nos saudosos campos do Mondego,
De teus fermosos olhos nunca enxuto,
Aos montes ensinando e às ervinhas
O nome que no peito escrito tinhas.
(…) Vendo estas namoradas estranhezas,
O velho pai sesudo, que respeita
O murmurar do povo e a fantasia
Do filho, que casar-se não queria,
Tirar Inês ao mundo determina,
Por lhe tirar o filho que tem preso,
Crendo co sangue só da morte indina
Matar do firme amor o fogo aceso.
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, III, 118, 120, 122-123.
A história do amor de Inês e Pedro é, sem dúvida, uma das mais comoventes e conhecidas da literatura portuguesa, inspirando o longo e belo episódio de Inês de Castro, no canto III d’”Os Lusíadas”.
Dois jovens, que se amam profunda e incondicionalmente, são vítimas de questões políticas, caindo numa tragédia em que o ódio, a vingança e a morte destroem a sua felicidade.
Face às recomendações dos conselheiros e à pressão do povo, D. Afonso IV, temendo que a relação de Inês com o príncipe D. Pedro, herdeiro do trono, pudesse acarretar perigo para o reino, resolve cortar o mal pela raiz: a bela fidalga galega é condenada à morte!
Quando Inês toma conhecimento desta decisão, vai ter com o rei, rodeada dos filhos, e suplica clemência, por se considerar inocente. Em desespero, implora ao monarca que comute a pena por um degredo.
Preocupa-a, acima de tudo, os filhos, “que tão queridos tinha e tão mimosos, / cuja orfandade como mãe temia” (III, 125), e, então, pede a D. Afonso IV: “A estas crianças tem respeito” (III, 127).
Tudo em vão! A execução de Inês de Castro aconteceu a 7 de janeiro de 1355, em Coimbra.
Anos depois, D. Pedro, já rei de Portugal, declarou que havia casado clandestinamente com Inês, uns tempos antes da sua morte. E foi mais longe… Promoveu o trasladação do seu corpo do mosteiro de Santa Clara de Coimbra para o mosteiro de Alcobaça. E, na estátua do túmulo de Inês, impôs-lhe a coroa.
Quando faleceu, foi sepultado junto da sua amada, a “mísera e mesquinha / Que despois de ser morta foi Rainha”. Os seus túmulos são duas verdadeiras obras-primas da escultura gótica em Portugal.
Neste episódio d’”Os Lusíadas”, Camões mostra Inês como o símbolo do protesto contra o autoritarismo do poder real e os mandamentos da Igreja, assumindo os riscos da liberdade, qual cordeiro angélico e inocente levado ao sacrifício, numa gesta que conduz à coroação do amor que assume a morte e, por isso, se projeta na eternidade.
O amor trágico de Inês e de Pedro, nomeadamente, a versão recriada por Camões, alimentou o imaginário popular, num misto de factos, lenda e mito, transformando-se numa história intemporal, que atraiu e inspirou, ao longo dos séculos, grande número de poetas, escritores e outros artistas de várias nacionalidades, da música ao bailado, da escultura à pintura e ao cinema.
Vamos ouvir a história de Pedro e Inês na voz de Maria de Vasconcelos. A canção, da sua autoria, chama-se “Sempre (D. Pedro e D. Inês)” e faz parte do álbum “As canções da Maria – Especial História de Portugal”.
A Organização
Norma 02/JNE/2025
Norma 02/JNE/2025
Instruções para Realização, Classificação, Reapreciação e Reclamação
de Provas e Exames do Ensino Básico e Ensino Secundário
Visita de estudo ao Museu do Quartzo e Santuário da Senhora da Paz
Visita de estudo ao Museu do Quartzo e Santuário da Senhora da Paz
No passado dia 28 de maio, os alunos com medidas adicionais do Agrupamento, acompanhados dos respetivos professores de educação especial e assistentes operacionais, realizaram uma visita de estudo ao Museu do Quartzo e espaço envolvente, do Santuário da Senhora da Paz, no Barral - Vila Chã S. João.
Das várias atividades realizadas salientam-se: o uso da tecnologia interativa para a exploração, dos minerais e suas características, o uso do quartzo, a história da sua exploração na freguesia, a construção da “Árvore da Paz” e a oferta de flores à Senhora da Paz, elaboradas pelos próprios alunos.
Desenvolveram-se valores como a solidariedade, a partilha, a autonomia e a interajuda e promoveu-se a valorização do património cultural e local. Esta visita proporcionou momentos de convivência, de cooperação entre os envolventes e de socialização, com um almoço convívio. Foi do agrado de todos superando as expectativas.
A alegria e a inclusão são importantes para o bem-estar de todos. Além disso promovem a coesão social e a construção de uma sociedade mais justa e equitativa.
“ A diversidade é a arte da natureza, e a inclusão é a arte da humanidade.”
Carlo Monteghirfo.
Sandra Lima conta “De onde vêm os abraços?” e encanta os mais novos
Sandra Lima conta “De onde vêm os abraços?”
e encanta os mais novos
A magia da palavra e a força dos sentimentos/ emoção encheram de vida e de encanto os encontros que a autora Sandra Lima dinamizou com os alunos das Escolas Básicas de Entre Ambos-os-Rios e de Crasto.
Num ambiente de grande proximidade e envolvimento, a escritora apresentou aos mais novos a estória do seu livro de literatura infantojuvenil “De onde vêm os abraços?”, ilustrado por Bolota.
Foi uma experiência muito forte, através de uma viagem na companhia da protagonista, Nélia Regina, uma menina especial e muito feliz que tem uma forma própria de comunicar com a natureza e com quem a rodeia.
Através de uma dinâmica interativa, Sandra Lima partilhou esta história de afetos e de inclusão, ajudando a pequenada a descobrir de onde vêm os abraços pela mão de uma criança que tem numa árvore a sua mais profunda confidente e amiga, num mundo de silêncios.
Para além de um momento forte de formação afetiva e de educação ambiental, o encontro proporcionou ainda um contacto muito rico com a beleza expressiva dos códigos cénicos, tais como a exploração da palavra e da entoação da voz, o silêncio, a mímica, o movimento, os adereços…
Biblioteca Escolar
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 30
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 30
“Camões: Embarca Engenho e Arte” – “Sete anos de pastor Jacob servia”
Sete anos de pastor Jacob servia
Labão, pai de Raquel, serrana bela:
Mas não servia ao pai, servia a ela,
E a ela só por prémio pretendia.
Os dias, na esperança de um só dia,
Passava, contentando-se com vê-la:
Porém o pai, usando de cautela,
Em lugar de Raquel lhe dava a Lia.
Vendo o triste pastor que com enganos
Lhe fora assim negada a sua pastora,
Como se a não tivera merecida,
Começa de servir outros sete anos,
Dizendo: “Mais servira, senão fora
Para tão longo amor tão curta a vida”.
Luís de Camões, “Lírica Completa II”, prefácio e notas de Maria de Lurdes Saraiva, Lisboa, Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 1980, p. 168.
Partindo do episódio bíblico apresentado no capítulo 29 do livro “Génesis”, que tem Jacob como protagonista, este soneto acaba por esquecer elementos menos comovedores da fonte de inspiração e, com grande sensibilidade, valoriza um sentido original, ao centrar-se na exaltação da constância do amor e da fidelidade a toda a prova.
Jacob representa, de facto, uma personagem que ultrapassa todas as barreiras, a fim de merecer a pessoa que ama. Durante sete anos, “o triste pastor” serve Labão, na esperança de merecer Raquel como prémio desse trabalho, mas a sua esperança é enganada, pois o pai dá-lhe outra filha, chamada Lia.
Jacob não desiste e começa – ou recomeça – a servir Labão durante mais sete anos. As palavras finais do poema, pronunciadas emotivamente em estilo direto, manifestam, de uma forma magistral, o seu ânimo firme e decidido, o seu amor sólido e imutável:
“[…] Mais servira, senão fora
Para tão longo amor tão curta a vida”.
Num estilo simples e numa linguagem direta, o soneto afirma-se como uma autêntica narrativa da alma do povo. Citando Agostinho de Campos, dir-se-ia que “o moço minhoto, aldeão e analfabeto, que tenha pensado em emigrar para longe, com a esperança de voltar ao fim de anos e casar-se com a rapariga que ama, filha do lavrador mais rico da terrinha, chorará com certeza, se ouvir ler esses versos, porque os pode compreender e sentir de ponta a ponta”.
Esta simplicidade e fluidez narrativa terão, certamente, justificado a vasta receção que o poema teve, não só em Portugal, mas, sobretudo, em Espanha, a ponto de ser considerado um dos textos líricos mais célebres e imitados de Camões.
Carolina Michaëlis “estudou em especial as imitações que o poema originou em Espanha e, segundo afirma, o soneto, ainda antes da sua publicação na primeira impressão das “Rimas”, em 1595, foi espalhado em numerosos apógrafos pelos reinos de Espanha, tendo sido citado, traduzido e imitado por diversos autores”.
Teófilo Braga sustenta mesmo que “Sete anos de pastor Jacob servia” foi parafraseado pelo próprio Filipe II de Castela…
Sugerimos a audição do poema cantado por Amália Rodrigues. Faz parte do seu derradeiro álbum de originais, “Obsessão”, de 1990.
Fonte: Xosé Manuel Dasilva Fernández, “O soneto camoniano ‘Sete anos de pastor Jacob servia’ à luz do cânone editorial de Leodegário A. de Azevedo Filho”, em “O Marrare” – Revista da Pós-Graduação em Literatura Portuguesa. Disponível em http://www.omarrare.uerj.br/numero15/xosemanuel.html, acedido em 23/05/2025.
A Organização
Entrega dos prémios do Concurso de Leitura
Entrega dos prémios do Concurso de Leitura
Foi num ambiente de festa e de celebração do livro e da leitura que aconteceu a sessão de entrega dos prémios do concurso de leitura que, ao longo do corrente ano letivo, mobilizou, no Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, a Educação Pré-escolar (EPE) e os alunos do 2.º Ciclo.
Com o patrocínio da Câmara Municipal, a entrega aconteceu no âmbito da Feira do Livro do Município e, na EPE, contemplou os finalistas da EB Diogo Bernardes (1.º classificado), os finalistas da EB de Crasto (2.° classificado) e os finalistas da EB de Entre Ambos-os-Rios (3.° classificado).
Por sua vez, no 2.º Ciclo, os três melhores desempenhos foram conseguidos, respetivamente, por Ana Valentina Gomes, do 5.º ano, Lara Cerqueira, também do 5.º, e António Pereira, do 6.º ano.
Nas suas intervenções, tanto o Presidente da Câmara Municipal, Augusto Marinho, como o Diretor do Agrupamento de Escolas, Carlos Louro, felicitaram os participantes no concurso, dirigindo uma saudação especial aos que alcançaram os três primeiros lugares. Partilharam ainda palavras de reconhecimento e de aplauso aos professores, bibliotecas e famílias, pela atenção que dedicam à promoção do livro e da leitura.
Recorde-se que, na EPE, as crianças trabalharam a obra “Gilberto, o cão poeta, anima a festa!”, de Gisela Silva, com ilustração de Ireneu Oliveira, enquanto no 2.º Ciclo o livro escolhido para o concurso foi “O Menino-Estrela", de Oscar Wilde.
A Organização
I AMART em Roma: Arte, História e Emoção com o 12.ºD
I AMART em Roma: Arte, História e Emoção com o 12.ºD
Entre os dias 14 e 17 de maio de 2025, os alunos da turma 12.º D do curso Profissional de Técnico de Multimédia, acompanhados por professores do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, realizaram uma visita de estudo a Roma, no âmbito do projeto I AMART.
A capital italiana revelou-se um verdadeiro museu a céu aberto, proporcionando aos participantes uma imersão nas raízes da civilização ocidental e no esplendor artístico que atravessa séculos. O Coliseu, símbolo da Roma imperial, foi o ponto de partida de um percurso repleto de marcos inesquecíveis como, a Fonte de Trevi, o imponente Vítor Emanuel II, o Fórum Romano e o bairro histórico de Trastevere.
No campo das artes visuais, visitámos a Galeria Nacional de Arte Moderna e o Museu do Vaticano, onde pudemos contemplar obras de mestres intemporais. Um dos momentos mais impactantes foi a visita à Capela Sistina, com os frescos de Miguel Ângelo, e à majestosa Basílica de São Pedro, centro da fé e da arte renascentista e barroca, onde tivemos oportunidade de entrar pela Porta Santa, aberta apenas nos anos de Jubileu e contemplar uma escultura icónica do renascimento, a Pietà, de Miguel Ângelo.
O roteiro incluiu ainda as emblemáticas igrejas de Gesù, o Panteão, Santa Maria da Vitória, Santa Maria Sopra Minerva, Santo Ambrósio e São Carlos, e Santa Inês em Agonia, na Piazza Navona, com as suas fontes, assim como percursos pela Via del Corso, Piazza del Popolo e os jardins da Villa Borghese.
Um dos pontos altos da visita foi a passagem pela Piazza di Spagna, com a sua escadaria monumental, e pela Via del Babuino, onde os alunos visitaram o Museu-Ateliê Canova-Tadolini, antiga oficina do escultor Adamo Tadolini, discípulo de Antonio Canova. Este espaço, onde arte e memória se cruzam, ofereceu uma visão singular da escultura neoclássica e da continuidade artística em Roma.
Esta visita, inserida no projeto I AMART, reforçou a importância da educação artística e cultural como motor de crescimento pessoal, espírito crítico e abertura ao mundo. Um verdadeiro encontro entre escola, património e futuro.
Os professores acompanhantes