FESTA DO FUTEBOL FEMININO
FESTA DO FUTEBOL FEMININO
Realizou-se ontem, terça-feira, 29 de abril, no Estádio Dr. Lourenço Raimundo, em Valença do Minho, a Festa de Futebol Feminino das Escolas de Viana do Castelo.
A Escola Secundária de Ponte da Barca participou com uma equipa do escalão de Sub 15, que ao longo do dia realizou vários jogos.
O evento contou com 17 equipas e a atividade realizou-se em 5 campos, com jogos em simultâneo.
A grande vencedora foi a equipa da Escola Frei Bartolomeu, de Viana do Castelo.
Acompanhada pelo professor Carlos Lima, a equipa barquense foi constituída por Andreia Costa, Ana Margarida, Stefanie, Viviane, Alícia, Naima, Vitória, Sofia, Helena, Soraia, Beatriz Pontes, Diana, Beatriz Gomes e Joana.
Esta foi mais uma atividade promovida pelo Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, em candidatura apresentada no início do ano para o efeito.
A Organização
DIA INTERNACIONAL DA DANÇA - EXPRESSÃO MUSICAL – 1º CICLO
DIA INTERNACIONAL DA DANÇA
EXPRESSÃO MUSICAL – 1º CICLO
O Dia Internacional da Dança, 29 de abril, foi instituído pelo “Comité Internacional da Dança” da UNESCO (ONU), no ano de 1982.
Artistas e profissionais da área reconhecem que é importante celebrar esta data para valorizar a importância desta arte de expressão corporal no desenvolvimento integral do ser humano.
A dança estimula o desenvolvimento do raciocínio, da criatividade, da memória, da coordenação motora e da consciência corporal, tendo também um papel importante na socialização e inclusão da criança.
Para celebrar esta data, os professores de Educação Musical, Daniela Pereira, e de multimédia, Emanuel Cruz, prepararam um vídeo com todos os alunos do 4º ano do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.
Um agradecimento especial aos alunos participantes e às respetivas Professoras Titulares, pela colaboração prestada.
“Feliz Dia Internacional da Dança!”
Informações-Prova 2024/2025 (atualização)
Informações-Prova 2024/2025 (atualização)
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 26
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 26
“Camões: Embarca Engenho e Arte” – uma história trágico-marítima
(…) Outro também virá, de honrada fama,
Liberal, cavaleiro, enamorado,
E consigo trará a fermosa dama
Que Amor por grão mercê lhe terá dado.
Triste ventura e negro fado os chama
Neste terreno meu, que, duro e irado,
Os deixará dum cru naufrágio vivos,
Pera verem trabalhos excessivos.
Verão morrer com fome os filhos caros,
Em tanto amor gerados e nacidos;
Verão os Cafres, ásperos e avaros,
Tirar à linda dama seus vestidos;
Os cristalinos membros e preclaros
À calma, ao frio, ao ar verão despidos,
Despois de ter pisada, longamente,
Cos delicados pés a areia ardente.
E verão mais os olhos que escaparem
De tanto mal, de tanta desventura,
Os dous amantes míseros ficarem
Na férvida e implacábil espessura.
Ali, despois que as pedras abrandarem
Com lágrimas de dor, de mágoa pura,
Abraçados, as almas soltarão
Da fermosa e misérrima prisão.
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, V, 46-48.
O gigante Adamastor profetizara, ficcionalmente, numa noite aterradora de novembro de 1497, mil e uma vinganças: “Eu farei de improviso tal castigo, / Que seja mor o dano que o perigo!” (V, 43); “Naufrágios, perdições de toda a sorte, / Que o menor mal de todos seja a morte!” (V, 44).
Aproveitando o facto de a obra ser escrita mais de meio século depois, o narrador assinala alguns acontecimentos trágicos, como a morte de Bartolomeu Dias, que havia descoberto o Cabo, em 1488. Pois bem, aí morreria – qual vingança do monstro – em 1500. E o mesmo se diga de D. Francisco de Almeida, 1.º vice-rei da Índia, morto num combate contra os Cafres, ao norte do Cabo da Boa Esperança, em 1510 (cf. V, 45).
Mas o caso mais impressionante foi o da “triste ventura e negro fado” por que passaram Manuel de Sousa Sepúlveda, a esposa – a bela D. Leonor de Albuquerque – e os dois filhos de tenra idade, na sequência do naufrágio do galeão São João.
Aconteceu em meados de 1552 (24 de junho), um ano antes de Luís de Camões navegar pelas mesmas paragens, mas em direção a Goa.
Tendo como capitão Manuel de Sousa Sepúlveda, que servira na Índia durante 17 anos, o galeão partira de Cochim “carregado de riquezas e com quinhentas pessoas a bordo”.
Naufragou perto Cabo da Boa Esperança, mas o capitão, a família e muitos outras pessoas conseguiram escapar a bordo de dois batéis, iniciando uma longa caminhada pela costa moçambicana, em direção ao rio Tembe, onde havia Portugueses.
Sofreram “trabalhos excessivos”, obrigados a lutar contra a fome, a sede, o cansaço, os ataques de animais selvagens e dos cafres locais. E foi num desses assaltos que os Sepúlveda foram despidos e enviados para o mato.
Escreve Isabel Rio Novo que D. Leonor acabaria por ceder “à exaustão e ao desalento. Despida, com os filhos famintos, sentou-se no chão, envolveu-se nos cabelos e fez uma cova com as próprias unhas, onde se enterrou até à cintura. Os náufragos prosseguiram a caminhada; apenas um servo e algumas escravas ficaram ao lado de D. Leonor. Entretanto, Manuel de Sousa Sepúlveda, que fora à procura de frutos silvestres, encontrou um dos filhos morto, a mulher em choque diante do pequeno cadáver, o outro filho moribundo nos braços. Sem dizer palavra, o pai abençoou a criança morta e enterrou-a. Ausentou-se novamente, e, quando voltou, já D. Leonor e o outro filho tinham morrido. As escravas que assistiram ao lance e sobreviveram para narrar a tragédia contaram que o homem se sentou ao lado dos cadáveres e aí permaneceu durante algum tempo, de rosto afundado nas mãos. Depois, ele próprio enterrou a mulher e o filho. A seguir, embrenhou-se no mato e nunca mais foi visto. As escravas e o servo seguiram na direção dos restantes náufragos e conseguiram alcançá-los. Foram essas três escravas que, juntamente com oito portugueses e catorze escravos, chegaram a Moçambique a 25 de maio de 1553, onde narraram o que tinham presenciado, e dali foram à Índia”.
São estes acontecimentos trágicos dos “dois amantes míseros” que, para além de mereceram uma justa celebração n’”Os Lusíadas”, inspiraram a “Elegíada”, de Luís Pereira Brandão, o poema “Naufrágio e Lastimoso Sucesso da Perdição de Manuel de Sousa Sepúlveda”, de Jerónimo Corte-Real, e a mais célebre relação de naufrágio de todas as compiladas na “História Trágico-Marítima”, de Bernardo Gomes de Brito.
E também a canção “Manuel de Sousa Sepúlveda”, um tema de Fausto que faz parte do seu álbum de 1994, “Crónicas da Terra Ardente”.
Vamos ouvir…
A Organização
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, pp. 289-291.
Visita de Estudo a Guimarães, cidade berço
Visita de Estudo a Guimarães, cidade berço
No dia 23 de abril, as turmas dos terceiro e quarto anos de escolaridade, da Escola Básica Diogo Bernardes realizaram a sua Visita de Estudo. Com destino à cidade de Guimarães, partiram entusiasmados e motivados para conhecer mais um pouco da história de Portugal. Ao longo da manhã, realizaram uma visita guiada ao Paço dos Duques, assistiram a uma peça de teatro de marionetas onde era contada a história de D. Afonso Henriques, fizeram uma visita livre ao Castelo e dirigiram-se para o Monte da Penha. Após a pausa para o almoço, passearam pelo monte e visitaram o Santuário de Nossa Senhora da Penha. Foi um dia de novas descobertas, aprendizagens e muito convívio.
Crianças e adultos regressaram felizes e com memórias que permanecerão para sempre!
As docentes do 3.º e 4.º ano
Escola de Ponte da Barca Vice-campeã Regional da Zona Norte
Escola de Ponte da Barca Vice-campeã Regional da Zona Norte
Realizou-se no dia 23 de abril, na Escola Secundária Rocha Peixoto, na Póvoa de Varzim, a Fase Final Regional da Zona Norte do Torneio da “League JR NBA”.
A Jr. NBA Portugal é um projeto conjunto da National Basketball Association (NBA) e da Federação Portuguesa de Basquetebol (FPB), em parceria com o Desporto Escolar, que consiste na criação de uma competição escolar dirigida a raparigas e rapazes de 11, 12 e 13 anos de idade.
A Escola de Ponte da Barca defendeu e venceu a Conferência Oeste com as cores dos Houston Rockets, que tinham vencido o torneio interno realizado na Escola Básica Diogo Bernardes.
Após várias eliminatórias, os jovens barquenses apuraram-se para a final com os Milwaukee Bucks, vencedores da Conferência Este, que se tornaram campeões da Jr. NBA League Norte 2025. Os alunos do Externato Escravas do Sagrado Coração de Jesus (Porto) venceram, na final, os Houston Rockets, da Escola de Ponte da Barca.
O evento reuniu os oito finalistas da zona norte do país.
Eis a classificação final:
1.º Milwaukee Bucks (Externato Escravas do Sagrado Coração de Jesus – Porto);
2.º Houston Rocktes (Escola de Ponte da Barca);
3.º Orlando Magic (Escola Secundária Rocha Peixoto – Póvoa de Varzim);
4.º Utah Jazz (Escola Básica Miguel Torga – Sabrosa);
5.º Charlotte Hornets (Escola Básica Dr. Flávio Gonçalves – Póvoa de Varzim);
6.º Minnesota Timberwolves (Escola Secundária Camilo Castelo Branco – Vila Real);
7.º Brooklyn Nets (Agrupamento de Escolas D. Dinis – Santo Tirso);
8.º Los Angeles Lakers (Escola Básica de Marão – Amarante).
Salienta-se ainda que a equipa de Ponte da Barca era composta apenas por alunos dos 5.º e 6.º anos que competiram com equipas que, na sua maioria, eram constituídas por alunos do 7.º ano. Além disso, dos 12 elementos, 8 eram raparigas, enquanto as outras equipas eram na sua maioria rapazes.
Esta foi mais uma atividade promovida pelo Desporto Escolar do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, na sequência de uma candidatura apresentada no início do ano.
Acompanhada pelo professor Carlos Lima, a equipa barquense foi constituída pelos seguintes elementos: Marta, Lara, Ana Rita, Ana Francisca, Ana Luísa, Joana, Letícia, Rita, Ricardo, Francisco, Simão e João Pedro.
A Organização
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 25
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 25
“Camões: Embarca Engenho e Arte” – Os medos do Gigante Adamastor…
(…) Cum tom de voz nos fala, horrendo e grosso,
Que pareceu sair do mar profundo.
Arrepiam-se as carnes e o cabelo,
A mi e a todos, só de ouvi-lo e vê-lo!
E disse: – «Ó gente ousada, mais que quantas
No mundo cometeram grandes cousas,
Tu, que por guerras cruas, tais e tantas,
E por trabalhos vãos nunca repousas,
Pois os vedados términos quebrantas
E navegar meus longos mares ousas,
Que eu tanto tempo há já que guardo e tenho,
Nunca arados d'estranho ou próprio lenho:
(…) Ouve os danos de mi que apercebidos
Estão a teu sobejo atrevimento,
Por todo o largo mar e pola terra
Que inda hás de sojugar com dura guerra.
(…) Aqui espero tomar, se não me engano,
De quem me descobriu suma vingança;
E não se acabará só nisto o dano
De vossa pertinace confiança:
Antes, em vossas naus vereis, cada ano,
Se é verdade o que meu juízo alcança,
Naufrágios, perdições de toda sorte,
Que o menor mal de todos seja a morte!»
Luís de Camões, Os Lusíadas, V, 40-42; 44.
Ao longo do canto V d’”Os Lusíadas”, Vasco da Gama, em Melinde, conta – ou melhor, canta – ao rei local como foi a viagem, desde Belém, no Restelo, de onde a armada partira, a 8 de julho de 1497
Entre as ocorrências dignas de registo, sobressai o famoso episódio do Gigante Adamastor, que ocupa as estâncias 37-60.
Segundo o narrador, este monstro aterrador “de disforme e grandíssima estatura”, que dizia que aqueles mares lhe pertenciam e que quem se atrevesse a entrar neles seria destruído, apareceu-lhes junto ao Cabo das Tormentas, depois chamado Cabo da Boa Esperança.
João de Barros e Fernão Lopes de Castanheda dizem que a armada passou o Cabo a 20 de novembro, uma quarta-feira, “ao meio-dia, (…) com vento à popa”, surgindo, então, a aparição do Adamastor, notável criação camoniana que simboliza o terror do mundo desconhecido.
Face à coragem, à valentia, ao “sobejo atrevimento” dos Portugueses, o monstro anuncia-lhes “suma vingança”:
“(…) em vossas naus vereis, cada ano,
Se é verdade o que meu juízo alcança,
Naufrágios, perdições de toda sorte,
Que o menor mal de todos seja a morte!”
É a profecia ameaçadora da nossa futura História Trágico-Marítima…
Adamastor tem, no entanto, uma vulnerabilidade… Vasco da Gama põe-se de pé e pergunta-lhe: “Quem és tu?”. Chocado, o monstro, “dando um espantoso e grande brado”, conta, então, a sua triste história de amor e traição com uma deusa: Júpiter havia-o transformado num penhasco enorme – o “remoto Cabo” – por amar Thétis!
Interessante é ainda facto de este episódio ter ressonâncias autobiográficas e remeter para os tempos da juventude de Camões, quando esteve desterrado em Ceuta, onde perdeu o olho direito.
Segundo vários autores, através do Adamastor, o Poeta dá-nos “informações de que pertenceu à armada do estreito de Gibraltar”. Quando o monstro confidencia ao Gama “[ter sido] capitão do mar, por onde andava / A armada de Neptuno, que eu buscava” (V, 51), está “a dizer-lhe que servira na armada do estreito de Gibraltar, aquela que permanentemente vigiava ou buscava a dita armada de Neptuno, nome por que era conhecida a esquadra turca”.
“Na realidade – conclui Isabel Rio Novo, a quem estamos a citar –, os biógrafos e comentadores antigos põem Camões a servir nessa armada, estacionando em terra, nos intervalos das missões”.
Seja como for, para a posteridade fica o Adamastor, representante dos medos, mas, também, símbolo da capacidade para ultrapassar obstáculos, enaltecendo o herói.
Já no século XX, Fernando Pessoa, na obra “Mensagem”, recria a figura sob a forma do Mostrengo. E o Adamastor continua a inspirar artistas como, por exemplo, A Garota Não e Peculiar.
“Medo, que me corres no corpo, / Que me matas os sonhos, / Que me tentas calar”… Vamos ouvir a canção “Adamastor”: letra e música de João Nicolau Quintela, com interpretação de Peculiar.
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, p. 182.
A Organização
Provas e Exames: Provas-Ensaio disponíveis para consulta
Provas e Exames: Provas-Ensaio disponíveis para consulta
Já se encontram disponíveis para consulta as Provas-Ensaio aplicadas em 2025, bem como os respetivos critérios de classificação.
O herói sai do livro e…entra em cena!
O herói sai do livro e…entra em cena!
É verdade, o herói Ulisses da narrativa de Maria Alberta Menéres, com o mesmo nome, subiu ao palco no auditório da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, em Braga, no dia 18 de março. E não é que os nossos alunos do 6.º ano foram conhecê-lo, a ele e aos seus marinheiros e amigos de aventuras e desventuras! Foi cerca de uma hora e meia de atenção plena e de muito entusiasmo e risada, proporcionados pelos atores do “Teatro Educa” que levaram à cena a narrativa lida pelos alunos nas aulas de Português. E, como eles próprios afirmaram, também se aprende muito noutros palcos diferentes da sala de aula.
Aqui deixamos um dos muitos testemunhos dados pelos alunos participantes, num texto de opinião.
O grupo de docentes de Português do 2.º ciclo agradece a colaboração de miúdos e graúdos nesta atividade tão apreciada por todos!
“Este teatro foi muito divertido, moderno e muito mais, e eu explico o porquê.
Em primeiro lugar, quando o teatro começou o elenco entrou a cantar uma música, que ficou na memória, só na entrada já nos entreteve!
Eu digo que foi um estilo moderno, pois, na ilha Ciclópia, quando cegaram Polifemo com o tronco de uma árvore afiada, Polifemo pedia ajuda ao seu primo, e comunicou-se com ele através da “SIRI” um aparelho de Inteligência Artificial, foi muito divertido!
Eu achei que os atores, o elenco teve muita interação com o público, por exemplo, a minha colega de turma Fátima e o meu colega, também de turma, Viriato, foram chamados ao palco: a Fátima para ser um porquinho, na ilha de Circe, e o Viriato para ser um pretendente, na chegada a Ítaca, foi muito engraçado!
No teatro também houve muitos outros aspetos originais da cultura portuguesa, como por exemplo, no Mar das Sereias, o canto delas eram músicas tradicionais portuguesas, e até mesmo o anúncio do supermercado “Pingo Doce” participou neste teatro.
Mas, no meio de tantas “flores”, também há coisas “menos positivas”. Este teatro foi muito bom, perguntam-me vocês? Sim foi, mas notou-se a falta de atores, e o porquê de chamarem gente ao palco?!
Em conclusão, eu achei este teatro muito divertido, mas com falta de elenco.
E tu, já viste este teatro? Se não, vai lá ver, e olha que ainda podes ser uma personagem!”
Texto de Marta Alves – 6.º A