Alunos mais novos debatem uso seguro da internet
Alunos mais novos debatem uso seguro da internet
No âmbito do Dia da Internet Mais Segura, que se assinalou a 11 de fevereiro, os alunos dos 1.º e 2.º anos do Agrupamento de Escolas participaram numa sessão de leitura animada da obra “Kiko e os muitos Eus”, dinamizada por Inês Portocarrero Araújo, da Biblioteca Municipal de Ponte da Barca.
O trabalho, que mobilizou as turmas das Escolas Básicas Diogo Bernardes, em Ponte da Barca, de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios, teve como objetivo promover o diálogo com as crianças sobre o uso seguro dos ecrãs, capacitando-as para a utilização do ambiente digital de forma crítica, ética e responsável.
Do debate realizado a partir do livro “Kiko e os muitos Eus”, saíram algumas regras de utilização da internet que mereceram o compromisso dos mais novos: pensar antes de fazer alguma coisa; informar e pedir sempre ajuda aos pais e/ou a adultos amigos; não conversar nem partilhar “coisas” com desconhecidos; saber dizer “Não”.
A iniciativa partiu da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ) de Ponte da Barca, tendo a sua operacionalização sido concretizada com a colaboração da Biblioteca Municipal, em articulação com a Biblioteca Escolar e o Departamento do 1.º Ciclo.
O livro “Kiko e os muitos Eus” é uma publicação do Conselho da Europa e foi criado propositadamente para explicar aos mais novos, de forma simples, as regras para uma melhor proteção da sua imagem e privacidade, quando utilizam a internet.
Recorde-se que o Dia da Internet Mais Segura se celebra anualmente, no segundo dia da segunda semana do segundo mês, e este ano teve como tema central a “Educação para a Cidadania Digital”.
Biblioteca Escolar
Promoção das Literacias em Saúde Oral e da Leitura
Promoção das Literacias em Saúde Oral e da Leitura
As crianças da Educação Pré-escolar (EPE) e do 1.º Ciclo do Agrupamento de Escolas participaram em mais um ciclo de sessões de promoção da saúde oral.
A ação, que decorreu ao longo dos meses de janeiro e fevereiro, envolveu as 27 salas/turmas a funcionar nas Escolas Básicas Diogo Bernardes, em Ponte da Barca, de Crasto e de Entre Ambos-os-Rios e foi dinamizada pela Biblioteca Escolar, pela equipa de Saúde Escolar da UCC de Ponte da Barca e ainda pela Unidade de Saúde Pública do Alto Minho (ULSAM), em articulação com os departamentos da Educação Pré-escolar e do 1.º Ciclo.
Com o objetivo da promoção transversal da saúde oral, da autoestima, bem-estar e saúde mental positiva, e também do gosto pelo livro e pela leitura, o trabalho conheceu um primeiro momento com a Biblioteca Escolar a dinamizar a leitura expressiva da estória “Pedro e a Pasta de Dentes”, que consta do livro digital “SOBE+ NA BARCA”, que a BE editou em suporte digital, no ano letivo 2022/2023.
Seguiu-se uma animada conversa de educação para a saúde oral, com a enfermeira Alexandrina Rodrigues, da equipa de Saúde Escolar da UCC de Ponte da Barca, a interagir com os miúdos acerca dos cuidados para manter “dentes fortes, saudáveis e bonitos”.
Ao mesmo tempo, aconteceu também a aplicação de verniz de flúor às crianças da EPE, pela Higienista Oral Ângela Ferreira, da ULSAM, com o apoio da enfermeira Sónia, da equipa de Saúde Escolar da UCC de Ponte da Barca.
O interesse e envolvimento dos miúdos nas atividades constituem um excelente indicador quanto ao seu compromisso na adoção de comportamentos amigos da saúde oral.
Biblioteca Escolar
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 18
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 18
Camões: Embarca Engenho e Arte: “Ah! minha Dinamene! Assim deixaste”
Ah! minha Dinamene! Assim deixaste
Quem não deixara nunca de querer-te!
Ah! Ninfa minha, já não posso ver-te,
Tão asinha esta vida desprezaste!
Como já pera sempre te apartaste
De quem tão longe estava de perder-te?
Puderam estas ondas defender-te
Que não visses quem tanto magoaste?
Nem falar-te somente a dura Morte
Me deixou, que tão cedo o negro manto
Em teus olhos deitado consentiste!
Oh mar! oh céu! oh minha escura sorte!
Que pena sentirei que valha tanto,
Que inda tenha por pouco viver triste?
Luís de Camões, “Lírica” (fixação do texto de Hernâni Cidade), Lisboa, Círculo de Leitores, 1980, p. 230.
Este soneto sobejamente conhecido expressa a profunda dor do sujeito poético pela perda de Dinamene, a sua amada, que morreu prematura e inesperadamente, a ponto de nem ter sido possível uma despedida: “Nem falar-te somente a dura Morte / Me deixou”.
Perante a separação definitiva, questiona o destino, o mar e a morte, que o privaram até mesmo de uma despedida, e realça que a saudade e o sofrimento causados por essa perda são tão intensos, que nenhuma tristeza parece suficiente para expressar a sua desolação, questionando-se se valerá a pena uma vida miserável, sem a sua amada.
Quem é Dinamene, aqui evocada pelo poeta?
São várias as interpretações que têm sido apresentadas “quanto à identidade deste nome, inclusivamente a de que corresponderia a uma das ninfas do mar, a que se referem vários escritores da Antiguidade”. Mas uma forte tradição biográfica de Camões, ainda que de contornos um pouco lendários, identifica-a como “uma jovem chinesa que teria perecido num naufrágio, no rio Mecom”.
No regresso de Macau a Goa, com escala em Malaca, Camões sofreu, de facto, um naufrágio, provavelmente perto do delta do rio Mecom, e perdeu quase tudo.
“Como escreveram os biógrafos antigos, Camões conseguiu salvar-se numa ‘tábua’, que tanto pode ter sido um bote como um pedaço de madeira convertido em jangada improvisada. Severim de Faria acrescentou que o Poeta tinha escapado a nado, rasgando as água com uma mão e segurando o manuscrito de ‘Os Lusíadas’ na outra” (Isabel Rio Novo).
E assim nasceu no imaginário nacional a figura heroica do Poeta, lutando para salvar uma obra que vale por uma literatura. Mas, neste “naufrágio triste e miserando”, como lhe chama na estância 128 do canto X, perdeu tudo o resto. Perdeu os bens que conseguira amealhar em Macau, onde tinha exercido as funções de Provedor dos Defuntos; perdeu o espólio dos defuntos à sua guarda; e perdeu a sua querida Dinamene, por quem chora neste soneto e em vários outros poemas…
Chegado, finalmente, a Goa, por volta de 1565 ou 1566, acabaria por ser acusado e condenado ao cárcere. Escreve Isabel Rio Novo que tudo indica que “não acreditaram que o naufrágio fosse a razão pela qual Camões não entregava os bens dos defuntos e por isso o prenderam”.
O Poeta ficou indignado com a injustiça. No meio de tantas agruras, só lhe resta a sua obra poética. E o desejo de a publicar.
A partir de agora, só pensa em regressar à pátria…
A Organização
Fontes: Porto Editora – “Dinamene na Infopédia” [em linha]. Porto: Porto Editora. [consult. 2025-02-07 09:16:47]. Disponível em https://www.infopedia.pt/$dinamene
Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, p. 387.
Comemoração do Aniversário de Camões pelos Alunos do 11.º C - Uma Homenagem Poética
Comemoração do Aniversário de Camões pelos Alunos do 11.º C
Uma Homenagem Poética
No dia em que se comemora o nascimento de Luís de Camões, uma figura incontornável da literatura portuguesa, os alunos da turma 11.º C prestaram uma homenagem especial ao famoso poeta do Renascimento. Reunidos na sala de aulas, transformada em palco, os jovens declamadores deram voz aos versos imortais de Camões, criando um ambiente de reflexão e celebração da língua e da cultura nacional.
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 17
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 17
“(…) um bicho da terra tão pequeno?”
(…) Oh! Grandes e gravíssimos perigos,
Oh! Caminho da vida nunca certo,
Que, aonde a gente põe sua esperança,
Tenha a vida tão pouca segurança!
No mar, tanta tormenta e tanto dano,
Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade aborrecida!
Onde pode acolher-se um fraco humano,
Onde terá segura a curta vida,
Que não se arme e se indigne o Céu sereno
Contra um bicho da terra tão pequeno?
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, I, 105-106
A narração n’”Os Lusíadas” principia com a armada de Vasco da Gama a meio da viagem (“in medias res”), já a chegar à Ilha de Moçambique, onde faz escala para se abastecer.
A partir daqui, assiste-se a um conjunto de atribulações, com ciladas, falsidades e traições que quase deitam tudo a perder, não fora a intervenção de Vénus.
Na Ilha de Moçambique, o chefe local, quando verifica, inspirado por Baco, que os Portugueses são cristãos, resolve destruí-los. E Gama, depois de ter sido atacado, traiçoeiramente, é enganado e recebe a bordo um piloto, com ordens para levar a armada a cair numa cilada.
Ao aproximarem-se da perigosa zona de Quíloa, Vénus afasta-os da costa por meio de “ventos contrários”, anulando, assim, a traição. O piloto mouro ainda faz outras tentativas, mas Vénus está atenta e impede que isso aconteça. A viagem continua para Norte e chegam à cidade de Mombaça, cujo rei fora avisado por Baco para os exterminar.
Face a tantas traições e a tantos perigos – ciladas, hostilidade disfarçada que ilude e alimenta esperanças –, o poeta não resiste a uma reflexão.
Termina o primeiro canto com uma consideração sobre a imprevisibilidade e a insegurança da vida e a fragilidade da condição do ser humano, “um bicho da terra tão pequeno”…, exposto a todos os perigos e incertezas e vítima indefesa do “Céu sereno” (I, 106).
Os perigos espreitam o ser humano (o herói), tão pequeno diante das forças da natureza, do poder da guerra e dos traiçoeiros enganos dos inimigos. Estamos no início da epopeia. Ver-se-á, no último canto, o décimo, até onde a ousadia, a coragem e o desejo de ir sempre mais além podem levar o “bicho da terra tão pequeno”…
Curiosamente, Camões repete este verso emblemático na canção “Junto de um seco, fero e estéril monte”, em que o sujeito poético reflete sobre a sua própria condição:
(…) Somente o Céu severo,
As Estrelas e o Fado sempre fero,
Com meu perpétuo dano se recreiam,
Mostrando-se potentes e indignados
Contra um corpo terreno,
Bicho da terra vil e tão pequeno. (…)
Quase cinco séculos passados, Camões continua intemporal, vivo e inspirador na análise da condição humana, na sua insegurança, fragilidade e contingência.
No século XVI e nos dias de hoje, Camões embarca Engenho e Arte!
A Organização
O Céu dos Lusíadas: Uma Viagem Interdisciplinar Entre Ciência e Literatura
O Céu dos Lusíadas: Uma Viagem Interdisciplinar Entre Ciência e Literatura
No passado dia 29 de janeiro, os alunos das turmas do 9.º ano do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca participaram na atividade "O Céu dos Lusíadas", uma iniciativa pedagógica que decorreu no Centro de Criatividade Himalaya, em Arcos de Valdevez. Esta ação integrou as comemorações dos 500 anos de Luís de Camões e proporcionou uma experiência única, unindo ciência e literatura.
A atividade contou com a participação das turmas 9.ºA, 9.ºB, 9.ºC, 9.ºD e 9.ºE.
Esta iniciativa visou explorar a obra de Camões através de uma abordagem criativa e científica, permitindo aos alunos refletir sobre a atualidade dos seus escritos e o impacto cultural das Descobertas Portuguesas. A interligação entre literatura e ciência incentivou o desenvolvimento de competências críticas, promovendo um olhar inovador sobre o legado camoniano.
O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca agradece ao Centro de Criatividade Himalaya pela receção e aos docentes envolvidos na dinamização desta experiência enriquecedora. O entusiasmo e envolvimento dos alunos demonstram a importância de iniciativas que cruzam diferentes áreas do conhecimento, tornando a aprendizagem mais dinâmica e significativa.
Encontro de ginástica acrobática
Encontro de ginástica acrobática
No dia 29 de janeiro, com uma tempestade de granizo e trovoada, o grupo de desporto escolar, ginástica acrobática, deslocou-se até Braga, para a realização do segundo encontro gímnico.
A prova teve início às 15.00h e terminou pelas 18.00h, com a atuação de diferentes atletas das modalidades de trampolins e ginástica acrobática, de quatro escolas do distrito de Braga e duas do distrito de Viana do Castelo. A nossa escola teve a participação de 15 atletas de ginástica acrobática e 2 juízes do nível avançado, com excelentes participações, tendo obtido 2º e 3º lugares, em pares avançados femininos. Parabéns a todas as participantes.
As professoras,
Fernanda Branco e Mafalda Cardoso
Parlamento dos Jovens
Parlamento dos Jovens
O programa Parlamento dos Jovens, uma iniciativa promovida pela Assembleia da República, voltou a ganhar vida na Escola Secundária de Ponte da Barca. Este ano, os alunos foram desafiados a refletir, debater e propor medidas no âmbito do tema “Novas Tecnologias – Oportunidades e desafios para os jovens”.
Feito o balanço da primeira fase de implementação do programa, destaca-se a participação ativa e o entusiasmo revelados pelos alunos envolvidos neste processo. As cinco listas candidatas – três no 3.º ciclo e duas no ensino secundário – assumiram com grande responsabilidade e civismo todo o processo de organização das respetivas campanhas, de apresentação e de defesa das medidas propostas.
O ato eleitoral decorreu de uma forma exemplar, tendo votado 65% dos alunos do ensino básico e 57% dos alunos do ensino secundário. Posteriormente, foram realizadas as sessões escolares que decorreram no dia 15 de janeiro (ensino secundário) e 22 de janeiro (ensino básico). Nestas sessões, foi possível assistir a debates calorosos, onde alunos assumiram o papel de deputados, apresentaram e defenderam as suas medidas, votaram nas melhores propostas e elegeram os seus representantes para as sessões distritais. Os deputados que representarão a nossa Escola pelo ensino básico são os alunos Rui Leitão (9.ºC), Beatriz Ribeiro (9ºB) e Carolina Silva (9.ºB). O ensino secundário será representado pela Mariana Viana (11.ºC), Francisco Ribeiro (10.ºA ) e Mariana Tani (11.ºC).
As sessões distritais terão lugar em Viana do Castelo, a 31 de fevereiro e 1 de março, e culminarão na sessão nacional a ser realizada na Assembleia da República, em Lisboa.
Desejamos boa sorte aos nossos representantes!
A equipa responsável pelo programa Parlamento dos Jovens
Cantar as Janeiras
Cantar as Janeiras
No passado dia 23 de janeiro, os alunos do pré escolar, 1º e 2º ciclos da Escola Diogo Bernardes, realizaram o tradicional “Cantar as Janeiras” nos Paços do Concelho do Município e na Escola Sede do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.
Esta atividade foi promovida pelo grupo de Educação Musical juntamente com os departamentos do Pré Escolar e Primeiro Ciclo, tendo como principal objetivo de manter viva esta tradição local e aproveitando o momento para desejar um Bom Ano às Comunidades Escolar e Local.
Como habitual, alunos, professores e assistentes operacionais participaram com dedicação e muito entusiasmo, estando todos de parabéns!
Bom Ano para todos.
Os professores de Ed. Musical
Daniela Pereira e Paulo Franco