Palestra sobre Multimédia
Palestra sobre Multimédia
Os alunos do 10°ano do Curso Profissional de Técnico de Comunicação/marketing, relações públicas e publicidade e do 12°ano do Curso Profissional de Técnico de Multimédia assistiram a uma Palestra, no dia 12 de março, sobre Multimédia, realização de filmes e gravação de documentários. Orientada pelo convidado vianense Flávio Cruz, licenciado em Tecnologia de Comunicação Audiovisual e realizador de cinema.
Esta atividade foi realizada para desenvolver ou fomentar novas ideias e soluções de forma imaginativa e inovadora, como resultado da interação com outros, ou da reflexão pessoal aplicando-as a diferentes contextos e áreas de aprendizagem
DCA - Julieta Mendes
Desfile de Carnaval
Desfile de Carnaval
O Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, mais uma vez, festejou o Carnaval com a participação da Escola Diogo Bernardes e dos centros escolares de Crasto e de Entre Ambos os Rios, numa organização do Departamento de Expressões, do Departamento da Educação Pré-Escolar, do Departamento do 1.º Ciclo e da Biblioteca escolar.
Comemoramos os 500 anos do nascimento de Luís de Camões, por esse motivo escolhemos para tema do desfile carnavalesco: "Luís de Camões: uma vida pelos quatro cantos repartida”, procurando retratar a vida e a época vivenciada pelo próprio poeta, que nos presenteou com a obra “Os Lusíadas”, criando orgulho em cada português.
Desta forma, ao longo do desfile pela vila de Ponte da Barca, foram relembrados momentos, vivências, usos e costumes da época, tais como: as viagens, os piratas, os navegadores, as ninfas, o Adamastor, os prisioneiros, Luís de Camões, os jograis, os músicos, os bobos, entre outros.
A folia reinou pelas ruas trazendo animação a esta Comunidade, que nos recebeu calorosamente. Ao longo de todo o desfile, os alunos do 12.º ano do Curso Profissional Técnico de Multimédia, fizeram a cobertura fotográfica.
Departamento de Expressões
Julieta Mendes e José Félix
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 21
Camões: Embarca Engenho e Arte – Edição 21
Publicação de “Os Lusíadas”
As armas e os barões assinalados
Que, da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca de antes navegados
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;
E também as memórias gloriosas
Daqueles reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando;
E aqueles que por obras valerosas
Se vão da lei da Morte libertando:
Cantando espalharei por toda parte,
Se a tanto me ajudar o engenho e arte.
Cessem do sábio grego e do troiano
As navegações grandes que fizeram;
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram.
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta.
Luís de Camões, “Os Lusíadas”, I, 1-3
Terá sido no dia 12 de março do ano de 1572, quarta-feira, que da oficina de António Gonçalves saíram, “em edição modesta, os primeiros exemplares impressos do livro chamado ‘Os Lusíadas’, de Luís de Camões.”
“A obra harmonizava elementos da epopeia clássica com a evocação da expedição de Vasco da Gama à Índia e as próprias memórias de viagem do autor, cheias de trabalhos e perigos; combinava frescos históricos e factos científicos com recursos poéticos e mitologia; juntava o panfleto político aos apelos cruzadísticos; aliava ao saber enciclopédico a excelência de estilo. E todos os heroísmos do passado eram trazidos ao presente para se projetarem no futuro”.
A edição de 1572 publicou uns 150 exemplares de que sobram ainda uma meia centena, o que ilustra bem o cuidado que, ao longo dos séculos, o livro inspirou.
Camões chamou-lhe “Os Lusíadas”, título erudito que foi buscar a duas obras do humanista André de Resende escritas em latim, “mas até o próprio André de Resende, ao que parece, tinha colhido a palavra ‘lusíadas’ em obras anteriores”.
Com esta publicação, concretizava-se, finalmente, o anseio coletivo que se arrastava há várias décadas, no sentido da composição de um poema épico, conferindo aos feitos nacionais recentes um estatuto universal e intemporal.
António Ferreira “fora dos últimos a reclamar a necessidade de pôr em verso os feitos gloriosos. Incitara Pero Andrade Caminha, Diogo Bernardes, Diogo de Teive, D. António de Vasconcelos… Não consta que tivesse incitado Luís de Camões”, mas a verdade é que foi este quem concretizou tal obra.
Para a sua publicação foi necessário obter as licenças exigidas, como o alvará régio e o parecer favorável da Inquisição, e também arranjar um mecenas que custeasse os cerca de 40 mil réis da impressão.
D. Manuel de Portugal, da família do Conde do Vimioso, patrocinou a edição, mas desejou permanecer na sombra, de tal modo que a epopeia foi dada à estampa sem uma ode dedicada ao protetor. Tudo isto porque ele “não podia comprometer-se excessivamente, nem à sua família, com um poema que, apesar de todos os méritos e excelências, questionava a nobreza, os membros do clero, o sistema jurídico, o próprio monarca…”.
Quanto ao filtro da Inquisição, frei Bartolomeu Ferreira foi o dominicano que examinou os dez cantos d’”Os Lusíadas”. E deu um parecer favorável:
“[…] Não achei neles cousa alguma escandalosa, nem contrária à fé e bons costumes, somente me pareceu que era necessário advertir os leitores que o autor, pera encarecer a dificuldade da navegação e entrada dos portugueses na Índia, usa de uma ficção dos deuses e dos gentios. […] Todavia, como isto é poesia e fingimento, e o autor, como poeta, não pretenda mais do que ornar o estilo poético, não tivemos por inconveniente ir esta fábula dos deuses na obra, conhecendo-a por tal. E ficando sempre salva a verdade de nossa santa fé, que todos os deuses dos gentios são demónios”.
Assim sendo, conclui, o livro é “digno de se imprimir” e o seu “autor mostra nele muito engenho e muita erudição nas ciências humanas”.
A epopeia terá, então, sido publicada a 12 de março de 1572, completam-se amanhã 453 anos.
Com Isabel Rio Novo, podemos imaginar esse dia e a emoção do autor. “Em 1572, Camões tinha 47 ou 48 anos. Não era um velho, apesar de a idade ter outro peso naqueles tempos. Mas era um homem envelhecido, doente, amargurado, a quem o futuro já fugia. No entanto, nessa manhã de março (cheia de sol, claro que sim) talvez tenha encarado a vida que lhe restava com algum otimismo”.
Nos 453 anos da publicação d’”Os Lusíadas”, celebremos Camões. Cantemos o Poeta, que continua a espalhar Engenho e Arte!
A Organização
Fonte: Isabel Rio Novo, “Fortuna, Caso, Tempo e Sorte – Biografia de Luís Vaz de Camões”, Lisboa, Contraponto, 2024, pp. 483, 459, 458, 467-468, 474, 478 e 481.
Retrato de Camões (legenda e fonte):
Retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. O original perdeu-se, mas foi pintado ainda em vida do Poeta (cerca de 1577). É considerado o mais autêntico retrato do nosso épico.
https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Cam%C3%B5es,_por_Fern%C3%A3o_Gomes.jpg
Abertura de Procedimento Concursal para o Cargo de Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca | 06.3.2025
Abertura de Procedimento Concursal para o Cargo de
Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca | 06.3.2025
Torna-se público que se encontra aberto um concurso para provimento do lugar de Diretor do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca através da publicação do Aviso n.º 6068/2025/2, de 05 de março. O concurso, aberto nos termos dos artigos 21.º e 22.º do Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de abril, na sua redação atual, decorre no prazo de dez dias úteis, a contar do dia seguinte ao da publicação do referido aviso no Diário da República.Toda a informação e documentação sobre o concurso será disponibilizada na área dos editais do portal do agrupamento, assim como nos Serviços Administrativos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca.
Documentos:
- Aviso n.º 6068/2025/2, de 05 de março | Aviso de abertura do concurso
- Regulamento do concurso
- Requerimento para admissão ao concurso
- Parâmetros e critérios para a apreciação das candidaturas
- Declaração de consentimento do tratamento de dados pessoais
Despacho Normativo n.º 2-A/2025
Despacho Normativo n.º 2-A/2025
O Despacho Normativo n.º 2-A/2025 aprova o Regulamento das Provas de Avaliação Externa e das Provas de Equivalência à Frequência dos Ensinos Básico e Secundário para o ano letivo 2024/2025.
Guia para Aplicação das Adaptações na Realização de Provas e Exames
Guia para Aplicação das Adaptações na Realização de Provas e Exames
Agrupamento de Escolas partilha experiências de leitura em Santarém
Agrupamento de Escolas partilha
experiências de leitura em Santarém
Um grupo de nove alunos representou o Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca no Seminário “Aprender a ler, ler para aprender”, que se realizou em Santarém, no dia 26 de fevereiro.
Promovido pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), o seminário reuniu especialistas que debateram questões como a fluência leitora, os hábitos de leitura dos alunos portugueses, e ainda o papel da escola na aprendizagem e na promoção da leitura.
Convidada para animar um momento de leitura, a delegação de Ponte da Barca apresentou o projeto “Leituras e Companhia”, um programa semanal produzido pela Biblioteca Escolar (BE) para a “Barca FM” (99.6), e promoveu uma breve sessão de leitura.
Valentim Cerqueira, do 8.º ano, partilhou a sua experiência como utilizador da BE, realçando as dinâmicas e as metodologias implementadas na produção do programa, uma iniciativa que arrancou em novembro de 2012 e que, de uma forma ininterrupta, mesmo em período de férias, vai para o ar aos sábados, entre as 12 e as 13 horas.
Seguiu-se um momento de leitura, com sete alunos do 1.º ciclo da EB Diogo Bernardes (Gabriela Gomes, Matilde Cerqueira, Milene Fernandes e Salvador Ferreira, do 2.º ano; Gonçalo Oliveira, do 3.º ano; e Dinis Ferreira e Pedro Ribeiro, ambos do 4.º ano) a lerem poemas de Camões e de Manuel Parada. Por sua vez, Matilde Pimenta, do 8.º ano, interpretou o “Cântico Negro”, de José Régio.
A excelência do desempenho do grupo de alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca e a qualidade do trabalho desenvolvido mereceram múltiplas felicitações, com a plateia a levantar-se para um aplauso geral aos intervenientes na sessão.
Estes dois vídeos documentam as intervenções de Valentim Cerqueira e de Matilde Pimenta…
Biblioteca Escolar