Convocatória N.º117 (Teatro em Inglês)
Convocatória N.º117
Assunto: Teatro em Inglês
Data: 7 de maio
Reviver o passado… preservar a memória!
Reviver o passado… preservar a memória!
A memória é fundamental na criação da identidade cultural de um povo ou região e relembrar o passado contribui para que acontecimentos relevantes não caiam no esquecimento. Por isso, é obrigação da escola e de outras instituições valorizar e preservar a memória da sociedade em que se inserem.
Hoje é difícil imaginar como era Portugal antes do 25 de Abril de 1974. A melhor forma dos alunos compreenderem e valorizarem a importância da educação e da escola na sua formação é, provavelmente, confrontá-los com a escola dos tempos dos seus avós e bisavós. Assim, o Grupo de História da Escola Básica e Secundária de Ponte da Barca, para além de outras iniciativas para comemorar os 40 anos de 25 de Abril, reconstituiu uma sala de aula do período do Estado Novo.
Numa época em que a Lei de Bases do Sistema Educativo defende uma educação democrática e pluralista, promotora da igualdade de oportunidades e liberdade de expressão, orientada por princípios éticos, cívicos e humanistas, a comunidade educativa teve oportunidade de respirar uma atmosfera, que transportava para a educação salazarista que, mais do que proporcionar a formação de cidadãos letrados, pretendia a formação cívica, religiosa, patriótica e moral dos jovens, de acordo com os interesses doutrinários do regime: Deus, Pátria, Família. Quando se entrava na sala de aula, cantava-se o Hino Nacional. Todas as salas de aula tinham obrigatoriamente na parede três símbolos alinhados: uma fotografia de Salazar, outra do Presidente da República e um crucifixo. Na escola incutia-se a ordem, o respeito e a disciplina, e os professores aplicavam com muita frequência castigos corporais severos. A lembrar tudo isto, as carteiras, cadernos e livros das várias disciplinas, lousas, canas, o tinteiro e o aparo, mapas…, e nem faltou uma farda da Mocidade Portuguesa!
Quem visitou a exposição manifestou a sua satisfação. Os mais velhos reviveram o passado, os mais novos surpreenderam-se. Todos construíram memória futura.
Esta atividade multidisciplinar contou com a participação da Câmara Municipal e da Direção do Agrupamento, a cedência de objetos das professoras Sílvia Barbosa e Elisabete Rodrigues e
a colaboração dos professores Emanuel Cruz e José Paulo Rebelo.
Como defende Jacques Le Goff, a memória, onde cresce a história, procura salvar o passado, para servir o presente e o futuro. Quem sabe se esta exposição não será o ponto de partida para um novo projeto… Um “museu” em Ponte da Barca?!
O Grupo de História
Retorno de África
Retorno de África
Para assinalar os 40 anos do 25 de Abril, o Grupo Disciplinar de Geografia desenvolveu a atividade “Retorno da África portuguesa no concelho escolar de Ponte da Barca (1974/1975)”. Pretendeu-se, com esta atividade, promover a interdisciplinaridade, consolidar conhecimentos geográficos, nomeadamente os impactos sociais, económicos e demográficos que este fenómeno provocou na sociedade portuguesa da altura.
Assim, foi aplicado um inquérito a pessoas regressadas das ex-colónias, que residem em Ponte da Barca, e foram recolhidos testemunhos pessoais do processo de descolonização e do consequente regresso à metrópole. A acompanhar estes testemunhos, foram expostas fotografias que retratam experiências de vida em África, cedidas pela D. Sandra Lopes Pereira e pela família Barroso.
Procedeu-se, ainda, ao tratamento cartográfico do recenseamento de 1981, para salientar o impacto demográfico do retorno da população.
O Grupo de Geografia
25 de Abril… 40 anos… E algumas visões!
25 de Abril… 40 anos… E algumas visões!
“Todos os anos têm um mês de Abril e todos os meses de Abril têm um dia 25”. Parafraseando José Jorge Letria, foi dado o mote para os alunos do 2.º ciclo contarem “às crianças… e aos outros” a maneira como viam um acontecimento que não viveram, a Revolução do 25 de Abril de 1974, e o modo como entendiam essa data passados 40 anos, ou seja, nos dias de hoje.
Surgiram hesitações, algumas inquietações, mas, a pouco e pouco, as ideias foram aparecendo e os alunos lá se foram aventurando pelos meandros da pesquisa, do diálogo, do confronto de ideias. A etapa seguinte foi passar para o papel aquilo que tinham planificado. Os resultados foram aparecendo, numa interessante variedade de opiniões.
Assim, associar o 25 de Abril de 74 à existência de repressão, à falta de liberdade de expressão, à censura e às dificuldades económicas foram as ideias dominantes. Quanto aos dias de hoje, a data foi mais associada às dificuldades económicas e sociais, às políticas económicas mal conseguidas e à projeção dessas ideias nos políticos que atualmente nos dirigem. A própria cor das cartolinas escolhidas pelos alunos acaba por retratar essa variedade de opiniões: o verde, o vermelho, o branco e o preto.
O resultado expresso nos cartazes esteve patente em dois locais: uns na exposição do Polo 1, sobre os 40 anos do 25 de Abril, em articulação com os grupos de História e Geografia; outros na Biblioteca do Polo 2.
Que pensar destes 40 anos? Seria pertinente, mais uma vez, utilizar a frase com que termina o livro do autor referido: “Se Abril fosse um verbo, a única maneira de o conjugar seria o futuro.” Será que o saberemos conjugar? Venham, então, mais 40…
O Grupo de História e Geografia de Portugal
Resumo da NORMA 02/JNE/2014
Resumo da NORMA 02/JNE/2014
Apresenta-se o resumo da NORMA 02/JNE/2014 - Instruções para realização, classificação, reapreciação e reclamação de Provas e Exames do Ensino Básico e Secundário.
Nota: O documento original (NORMA 02/JNE/2014), pode ser consultado aqui.
Alunos dos 5.º e 6.º anos assistem à representação de "A Menina do Mar"
Alunos dos 5.º e 6.º anos assistem à representação de "A Menina do Mar"
Alunos dos 5.º e 6.º anos assistiram, na tarde do dia 28 de abril, a uma representação da obra A Menina do Mar, da autoria de Sophia de Mello Breyner Andresen.
O espetáculo, que decorreu no auditório municipal, na Casa de Santo António do Buraquinho, foi levado a palco pelo “Movimento Incriativo”, na sequência de uma parceria estabelecida entre a Câmara Municipal de Ponte da Barca e o Agrupamento de Escolas.
Esta foi uma experiência muito enriquecedora para os alunos, na medida em que puderam contactar diretamente com os vários códigos da linguagem cénica, dos adereços ao movimento, da linguagem à música e ao som.
Prof. Luís Arezes (Biblioteca Escolar)
Emissão N.º59 do Programa de Rádio “Leituras & Companhia”
Emissão N.º59 do Programa de Rádio “Leituras & Companhia”
Já se encontra disponível para ouvir em podcast/fazer download, a emissão número 59 (26-04-2014) do Programa "Leituras & Companhia" cujo tema foi "25 de Abril".
Recorda-se que a emissão é difundida pela Rádio Barca (99.6 FM), todos os sábados, entre as 12h00 e as 13h00, com repetição ao domingo no mesmo horário.
Emissão n.º59 [26/04/2014]
25 de Abril
Para consultar a lista das emissões anteriores e para ouvir ou fazer o download das emissões em formato MP3, visite a página do "Leituras & Companhia".
Colóquio “A Escola do Estado Novo”
Colóquio “A Escola do Estado Novo”
No dia 24 de abril, pelas 10.20h, cerca de 200 alunos do 9.º ano e do ensino secundário, aguardavam o início do colóquio “A escola do Estado Novo”, a decorrer no polivalente da EBSPB. Nesse espaço, é possível observar uma exposição comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril, que resultou da colaboração dos grupos de História e Geografia de Portugal, História e Geografia. Inclui a reconstituição de uma sala de aula do período do Estado Novo, cartazes do 25 de Abril das últimas décadas, “O retorno de África”, com testemunhos de “retornados” residentes em Ponte da Barca, e cartazes com uma visão comparativa entre o 25 de Abril e o presente.
A exposição foi visitada pelos convidados para esta atividade, Professora Céu Bivar, Professor Rómulo Sousa e Dr. Marques Pinto, e contou com a presença do Diretor do Agrupamento e da Vereadora da Cultura, Dra. Sílvia Torres. A declamação de alguns poemas, acompanhados de acordes a lembrar Abril, por alunas do 10.º ano, foi o mote para a primeira intervenção no colóquio.
A facilidade de comunicação e o sentido de humor dos intervenientes rapidamente cativaram o auditório. Tomou a palavra a Professora Céu Bivar – situação improvável há 40 anos atrás! “O 25 de Abril não me disse muito na altura porque eu tinha comida, roupa e carinho, mas sentia que alguns dos meus colegas eram notoriamente marcados pela miséria, tapada por uma bata, de uso obrigatório para todos”. Recordou a separação entre raparigas e rapazes, a repressão e os castigos, a sopa dos pobres. “Ainda hoje não sei ao que sabia, mas ficou-me o cheiro”. Ao falar da exigência da escola daqueles tempos, do professor distante… abre a bolsa e tira uma lousa. “Isto era o nosso computador, o nosso tablete”. Irrompem risos e gargalhadas e refletimos na distância que separa aquele retângulo de ardósia das novas tecnologias… Saudades tem da biblioteca itinerante, que de 15 em 15 dias trazia novos livros para ler. Apela à leitura, lembra alguns autores e que “não esqueçam Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira que, muito antes do 25 de Abril, já lutavam pela liberdade”.
O Professor Rómulo, no início da sua intervenção, citou Rómulo de Carvalho acerca da ideologia do ensino do Estado Novo: “Deus, Pátria e Família”, o respeito, a obediência… Referiu-se ao atraso de Portugal relativamente à alfabetização, a um regime que não admitia a coeducação e que não valorizava a escola porque “uma população inculta era facilmente dominada pelo Estado”. Enfatizou as Declarações dos Direitos Humanos e da Criança que “vieram estabelecer direitos imprescindíveis, mas que também implicam responsabilidades e deveres”. Pegou num minúsculo livro… “Isto é a Constituição, onde estão consignados todos os nossos direitos e deveres como cidadãos. Devem defendê-la e construir a vossa própria democracia”.
O encerramento do colóquio coube ao Dr. Marques Pinto, para quem “ficamos sempre mais novos quando falamos para a juventude”. Viajamos no tempo, para um tempo em que não havia eleições livres nem liberdade de expressão e a censura e o lápis azul chegavam a qualquer simples produção escrita. Referiu o “contexto doentio da partida dos jovens para a guerra colonial” e como a maioria da população não frequentava a escola, “o analfabetismo era uma chaga na sociedade portuguesa”. Numa passagem para o contexto atual, questionou as médias de acesso ao ensino superior e, para espanto dos alunos, revelou que, quando era estudante, quem tinha as médias mais baixas ia para medicina e as mais altas para as engenharias. Apelou aos jovens para seguirem a sua vocação, para não emigrarem e não se guiarem apenas pelos valores materiais. Todos aplaudiram quando terminou a sua intervenção: “A vida de um estudante não pode ser cinzenta, a vida de um estudante tem de ser colorida!”
Terminava uma aula brilhante!
Um agradecimento à Professora Céu Bivar, Professor Rómulo Sousa e Dr. Marques Pinto pela amabilidade da sua presença, pela partilha de experiências, pela simpatia e sabedoria, que fascinaram todos os presentes.
Parabéns aos alunos, pela atenção e interesse com que assistiram a este colóquio.
O Grupo de História
AVISO - Matrículas 1º ano de escolaridade (Ano Letivo 2014/2015)
AVISO
Matrículas 1º ano de escolaridade
Ano Letivo 2014/2015
Despacho nº 5048-B/2013, publicado em DR, 2.ª série n.º72 de 12 de Abril de 2013
AVISO - Matrículas Educação Pré-Escolar (Ano Letivo 2014/2015)
AVISO
Matrículas Educação Pré-Escolar
Ano Letivo 2014/2015
Despacho nº 5048-B/2013, publicado em DR, 2.ª série n.º72 de 12 de Abril de 2013