Emissão N.º59 do Programa de Rádio “Leituras & Companhia”
Emissão N.º59 do Programa de Rádio “Leituras & Companhia”
Já se encontra disponível para ouvir em podcast/fazer download, a emissão número 59 (26-04-2014) do Programa "Leituras & Companhia" cujo tema foi "25 de Abril".
Recorda-se que a emissão é difundida pela Rádio Barca (99.6 FM), todos os sábados, entre as 12h00 e as 13h00, com repetição ao domingo no mesmo horário.
Emissão n.º59 [26/04/2014]
25 de Abril
Para consultar a lista das emissões anteriores e para ouvir ou fazer o download das emissões em formato MP3, visite a página do "Leituras & Companhia".
Colóquio “A Escola do Estado Novo”
Colóquio “A Escola do Estado Novo”
No dia 24 de abril, pelas 10.20h, cerca de 200 alunos do 9.º ano e do ensino secundário, aguardavam o início do colóquio “A escola do Estado Novo”, a decorrer no polivalente da EBSPB. Nesse espaço, é possível observar uma exposição comemorativa dos 40 anos do 25 de Abril, que resultou da colaboração dos grupos de História e Geografia de Portugal, História e Geografia. Inclui a reconstituição de uma sala de aula do período do Estado Novo, cartazes do 25 de Abril das últimas décadas, “O retorno de África”, com testemunhos de “retornados” residentes em Ponte da Barca, e cartazes com uma visão comparativa entre o 25 de Abril e o presente.
A exposição foi visitada pelos convidados para esta atividade, Professora Céu Bivar, Professor Rómulo Sousa e Dr. Marques Pinto, e contou com a presença do Diretor do Agrupamento e da Vereadora da Cultura, Dra. Sílvia Torres. A declamação de alguns poemas, acompanhados de acordes a lembrar Abril, por alunas do 10.º ano, foi o mote para a primeira intervenção no colóquio.
A facilidade de comunicação e o sentido de humor dos intervenientes rapidamente cativaram o auditório. Tomou a palavra a Professora Céu Bivar – situação improvável há 40 anos atrás! “O 25 de Abril não me disse muito na altura porque eu tinha comida, roupa e carinho, mas sentia que alguns dos meus colegas eram notoriamente marcados pela miséria, tapada por uma bata, de uso obrigatório para todos”. Recordou a separação entre raparigas e rapazes, a repressão e os castigos, a sopa dos pobres. “Ainda hoje não sei ao que sabia, mas ficou-me o cheiro”. Ao falar da exigência da escola daqueles tempos, do professor distante… abre a bolsa e tira uma lousa. “Isto era o nosso computador, o nosso tablete”. Irrompem risos e gargalhadas e refletimos na distância que separa aquele retângulo de ardósia das novas tecnologias… Saudades tem da biblioteca itinerante, que de 15 em 15 dias trazia novos livros para ler. Apela à leitura, lembra alguns autores e que “não esqueçam Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira que, muito antes do 25 de Abril, já lutavam pela liberdade”.
O Professor Rómulo, no início da sua intervenção, citou Rómulo de Carvalho acerca da ideologia do ensino do Estado Novo: “Deus, Pátria e Família”, o respeito, a obediência… Referiu-se ao atraso de Portugal relativamente à alfabetização, a um regime que não admitia a coeducação e que não valorizava a escola porque “uma população inculta era facilmente dominada pelo Estado”. Enfatizou as Declarações dos Direitos Humanos e da Criança que “vieram estabelecer direitos imprescindíveis, mas que também implicam responsabilidades e deveres”. Pegou num minúsculo livro… “Isto é a Constituição, onde estão consignados todos os nossos direitos e deveres como cidadãos. Devem defendê-la e construir a vossa própria democracia”.
O encerramento do colóquio coube ao Dr. Marques Pinto, para quem “ficamos sempre mais novos quando falamos para a juventude”. Viajamos no tempo, para um tempo em que não havia eleições livres nem liberdade de expressão e a censura e o lápis azul chegavam a qualquer simples produção escrita. Referiu o “contexto doentio da partida dos jovens para a guerra colonial” e como a maioria da população não frequentava a escola, “o analfabetismo era uma chaga na sociedade portuguesa”. Numa passagem para o contexto atual, questionou as médias de acesso ao ensino superior e, para espanto dos alunos, revelou que, quando era estudante, quem tinha as médias mais baixas ia para medicina e as mais altas para as engenharias. Apelou aos jovens para seguirem a sua vocação, para não emigrarem e não se guiarem apenas pelos valores materiais. Todos aplaudiram quando terminou a sua intervenção: “A vida de um estudante não pode ser cinzenta, a vida de um estudante tem de ser colorida!”
Terminava uma aula brilhante!
Um agradecimento à Professora Céu Bivar, Professor Rómulo Sousa e Dr. Marques Pinto pela amabilidade da sua presença, pela partilha de experiências, pela simpatia e sabedoria, que fascinaram todos os presentes.
Parabéns aos alunos, pela atenção e interesse com que assistiram a este colóquio.
O Grupo de História
AVISO - Matrículas Educação Pré-Escolar (Ano Letivo 2014/2015)
AVISO
Matrículas Educação Pré-Escolar
Ano Letivo 2014/2015
Despacho nº 5048-B/2013, publicado em DR, 2.ª série n.º72 de 12 de Abril de 2013
AVISO - Matrículas 1º ano de escolaridade (Ano Letivo 2014/2015)
AVISO
Matrículas 1º ano de escolaridade
Ano Letivo 2014/2015
Despacho nº 5048-B/2013, publicado em DR, 2.ª série n.º72 de 12 de Abril de 2013
Atividades de Exploração Vocacional
Atividades de Exploração Vocacional
Os alunos do Ensino Secundário que frequentam os 11.º e 12.º anos de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos, do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca, participaram, no dia 28 de março, na 12.ª Mostra da Universidade do Porto.
Esta iniciativa proporcionou aos jovens a recolha de informações pertinentes sobre a oferta formativa das diversas faculdades que integram a Universidade do Porto, o conhecimento de investigações científicas através dos contactos com alunos e professores universitários das diversas faculdades, bem como o intercâmbio de experiências entre os jovens.
No dia 02 de abril, os alunos do 12.º ano de escolaridade dos Cursos Científico-Humanísticos - Ciências Socioeconómicas e Línguas e Humanidades - participaram no Dia Aberto da Escola de Economia e Gestão e do Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho.
No turno da manhã, os alunos assistiram às palestras, nas quais os docentes da Escola de Economia e Gestão e do Instituto de Ciências Sociais fizeram a apresentação dos vários cursos ministrados e das condições de acesso aos mesmos.
No turno da tarde, após o almoço no refeitório da Universidade, os alunos fizeram uma visita guiada às instalações, conviveram com alunos universitários e tomaram conhecimento dos serviços disponibilizados.
Estas e outras atividades têm como objetivo promover o acesso à informação, enquanto componente integrada no processo de orientação escolar e profissional, bem como o desenvolvimento de competências de pesquisa, seleção, tratamento e utilização da informação, de forma a transformá-la em conhecimento, facilitando as escolhas que os jovens têm de realizar no seu percurso escolar.
Os jovens necessitam conhecer-se e conhecer o meio, nomeadamente as alternativas de formação, de modo a poderem realizar opções vocacionais planeadas e consistentes que possam corresponder aos seus interesses, capacidades e aspirações.
Não basta, no entanto, informar os jovens sobre as ofertas de formação, saídas profissionais ou acesso ao ensino superior. É necessário promover o interesse pela exploração, pelo processo de procura, de interpretação e de integração cognitiva e afetiva de toda a informação.
Margarida Soares (SPO)
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